ENCONTRO ESCLARECE METODOLOGIAS DE COLETA DE ÁGUA E MEXILHÕES

No dia 06 de fevereiro aconteceu uma reunião com a participação de representantes da Associação de Maricultores de Bombinhas – AMAB, equipes da Epagri de Bombinhas, do LAQUA-IFSC e da Secretaria de Pesca e Aquicultura de Bombinhas. O objetivo foi apresentar o trabalho e a estrutura do Laboratório de Pesquisa e Monitoramento de Algas Nocivas e Ficotoxinas do Instituto Federal de Santa Catarina de Itajaí – LAQUA-IFSC, o encontro foi promovido pelo Secretário de Pesca e Aquicultura de Bombinhas, Valdinei Miguel, e pela Epagri, devido às interdições ocorridas ao longo desta temporada de verão pelo fenômeno da maré vermelha, em Zimbros e Canto Grande.

Na oportunidade foi solicitado à equipe do LAQUA-IFSC, explicações quanto às metodologias, logística de coletas de água e mexilhões e, principalmente, explicações relativas às repetidas interdições ocorridas na Enseada de Zimbros em Bombinhas. Segundo o presidente da AMAB, Anatólio Nascimento Cruz, os problemas econômicos gerados pelas interdições nesta época, acarretaram perdas muito grandes aos maricultores do município e refletiram diretamente na receita anual, pois é na temporada de verão o maior volume de escoamento da produção de moluscos bivalves. “No mês de janeiro ficamos fechados em Zimbros mais de 20 dias. Foi a época de maior movimento e por isso tivemos um prejuízo muito grande, o que quebra os maricultores”, declara o presidente da AMAB.

A equipe do LAQUA-IFSC explicou que a atuação do monitoramento de algas nocivas e ficotoxinas tem como foco principal a segurança alimentar e que o laboratório busca excelência na realização de suas análises. Ainda, ressaltou as interdições são realizadas com embasamento técnico científico, decorrentes de metodologias precisas, utilizadas no mundo todo. “Uma das melhorias no laboratório está prevista para o primeiro semestre deste ano, que é a substituição do bioensaio pelo método analítico com uso de cromatografia líquida e detecção por espectrometria de massas, para o monitoramento de envenenamento diarreico por consumo de mariscos – DSP”, destaca Mathias Alberto Schramm, coordenador do LAQUA-IFSC.

Os participantes da reunião realizaram uma visita guiada ao laboratório e puderam ver em loco como são realizados as análises de água e os testes.