ESCRITORA MÁRCIA CRISTINA FERREIRA É EMPOSSADA PRESIDENTE DA ACADEMIA BOMBINENSE DE LETRAS
Na tarde do último sábado, 18 de fevereiro, foi dado mais um passo em direção à formação da Academia Bombinense de Letras, em solenidade de abertura do Ano Literário 2017 da Academia de Letras do Brasil/SC – ALBSC, a escritora Márcia Cristina Ferreira foi empossada presidente, com a responsabilidade de membro fundadora e conduzir os trabalhos de implantação da Academia em Bombinhas.
A cerimônia solene e carregada de emoção aconteceu no anfiteatro Leda Regina de Souza, em Tijucas, com a entrega da medalha Escritor Elí José Cesconetto, presidida pelo Professor Miguel João Simão, presidente da ALBSC, que afirma que o movimento literário da Academia já está presente em mais de 80 municípios do Estado. E Bombinhas se tonou nesta tarde o mais jovem município a integrar este seleto grupo.
A prefeita Ana Paula da Silva neta do patrono, o poeta bombinense Antenor Júlio do Espírito Santo, conhecido como Antenor do Júlio, é a madrinha da escritora e vestiu em Marcinha, como é conhecida, diante da assembleia, a toga que a consagrou Imortal por força de sua expressão, empossada à Cadeira nº 01 da ALBSC – Seccional de Bombinhas, na condição de membro vitalício da Academia de Letras do Brasil. E a partir de agora os trabalhos começam.
A escritora é jornalista, pesquisadora da cultura popular, fotógrafa, musicista e produtora cultura, tem no trabalho de pesquisa com a comunidade bombinense, por meio da história oral, o cerne de sua obra. Lançou recentemente o livro “A eira, a roda e o tempo, um retrato de Bombinhas através do olhar de seus moradores”, resultado de pesquisas realizadas no período de 2011/16 e já trabalha no segundo volume com expectativa de lançamento para 2018. Afirma que o início dos trabalhos com a Academia é um sonho que se torna realidade. “Desde 2013 trabalho para a formação de nossa Academia, acredito que tudo têm seu tempo certo, e finalmente chegou nosso momento. Conduzir o trabalho de implantação é uma honra inenarrável, pois, é um privilégio poder assentar nossos escritores. Finalmente Bombinhas imortalizará seus escritos, e nossos antepassados com a sua alma bucólica e inspiradora inigualáveis, serão nossos patronos”, ressalta a presidente bombinense. Marcinha ainda destaca que Bombinhas é detentora de uma veia poética no DNA e na memória genética de sua gente e por isso têm muios escritores singulares que ainda não publicaram por falta de conhecimento de como fazê-lo ou recurso, e a Academia vai suprir essa demanda.
A prefeita Paulinha tem uma faceta ainda desconhecida do grande público que é poesia, não escondeu a emoção e a tremedeira na hora de empossar a presidente. “É um privilégio muito grande ser madrinha da Marcinha, participar da constituição do assento da primeira Cadeira da nossa Academia Bombinense de Letras, e é de fato a realização de um sonho muito grande que a gente carrega no coração. Serei apoiadora em tudo, podem contar comigo”, acentua Paulinha.
A Academia Bombinense de Letras não é ação da Fundação Municipal de Cultura, é uma iniciativa dos escritores locais, todavia nasce com total apoio da instituição que foi inclusive quem fez a indicação para a presidência. Nívea Maria da Silva Bücker, gestora da FMC desde 2013, comenta mais este grande passo dado para a literatura bombinense. “Quando inciamos nossa gestão em 2013 reunimos os escritores em uma reunião para apresentar as vantagens da constituição de uma Academia, no entanto, essa formação não pode ser uma imposição nossa, precisa ser feita pelos principais atores envolvidos no processo: os escritores. Finalmente este dia chegou, não tenho dúvidas que a implantação da nossa Academia é um marco em nossa história. E tenho total confiança na condução dos trabalhos pela escritora Marcinha”, salienta Nívea Maria.
A primeira reunião da Academia Bombinense de Letras para definição de planejamento e cronograma está prevista para acontecer em março.