FILME EXIBE HISTÓRIA DO ILUSTRE DESCONHECIDO ALEIXO GARCIA
Na sexta-feira chuvosa, 31 de maio, a Arrebol Produções exibiu com o apoio da Fundação Municipal de Cultura de Bombinhas, o curta-metragem “de Meiembipe a chuquisaca: descoberta do Império Inca”, na Casa de Cultura Dona Tila. Vencedor do Prêmio Catarinense de Cinema o filme narra a aventura do espanhol Aleixo Garcia pela principal transcontinental indígena do Cone Sul, o Peabiru, que se conectava ao Khapac Ñan, a rede de estradas incaicas, no Alto Peru, atual Bolívia.
A saga do desbravador iniciou com a sobrevivência de um naufrágio na Ilha de Santa Catarina, onde salvo pelos indígenas tornou-se um “brasileiro” adotado, casou-se e constituiu família na aldeia. Aproveitando o espírito viajante do povo guarani seguiu o caminho na direção do sol poente. Os feitos do ilustre desconhecido “brasileiro” que no século 16 atravessou toda a América do sul, alcançou a grande civilização peruana antes dos espanhóis e virou um mito latino-americano, descobridor do Paraguai, ganha a delicadeza artística do documentário híbrido de animação e live action, reúne o gênero road movie, ou “filme de estrada”.
O documentário tem a direção de Carolina Borges de Andrade, direção de arte e ilustrações de Eloar Guazzelli, direção de produção de Alexandre Peres de Pinho, animação de Lucas Feitosa, e é embasado no livro da jornalista e escritora Rosana Bond, “A Saga de Aleixo Garcia: o descobridor do Império Inca”, publicado pela Editora Aimberê (1998), que generosamente após a exibição, elucidou as dúvidas dos presentes com a sua rica pesquisa.
Na plateia, além da comunidade local, um grupo de alunos do oitavo ano da EEB Maria Rita Flor, acompanhados pela professora de história Franciele Coelho Benz, assistiram encantados e com cadernos de notas nas mãos. A professora fala da importância do acesso a novos materiais que podem auxiliar em atividades de aprendizagem: “muito bom ter a ampliação do olhar sobre a história indígena na América Latina e suas relações antes da colonização europeia e pós-contato com o homem branco. A presença da diretora do documentário e da autora do livro que o inspirou, enriquece a relação do público com o material produzido e traz novos tipos de interação para os estudantes, que têm a oportunidade de conhecer aqueles que estão por trás das cortinas, que idealizaram”.
O filme segue em exibições em diversas salas de cinema do estado e festivais, e em aproximadamente oito meses será disponibilizado no youtube.