AULA DE TARRAFA NA ESCOLA DILMA MAFRA

Na última terça-feira, 2 de junho, na Escola Básica Municipal Dona Dilma Mafra era possível ver diversas tarrafas de malhas variadas no pátio, pois a escola foi cenário de uma aula diferenciada. Os alunos das turmas do 1º, 2º, 4º e 5º ano receberam a visita do professor de religião aposentado Angelo Ravanello, de Itapema.

A atividade foi uma iniciativa dos professores Michel Henrique Marques de informática, e Juliano Borges Marques de educação física, pois a unidade escolar tem um calendário de planejamento para desenvolver ações que resultam em conteúdo teórico e material, com os temas pesca e caça a baleia para o 22º Açor. Os três professores se conhecem a algum tempo e tiveram a ideia de realizar uma aula de confecção e manuseio de tarrafa visando a produção de material que será exposto e apresentado, primeiramente, no desfile cívico de Sete de Setembro e depois no estande da escola na Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina.

O grupo se reuniu para aula teórica no saguão refeitório e a prática foi realizada em uma das quadras de areia destinada a educação física no pátio. E teve de tudo: alguns foram peixes, outros tarrafearam, teve quem segurasse a rede, quem apenas observasse, mas todos participaram encantados da atividade. Um momento interessante foi a prática realizada pelo professor Juliano, um gaúcho de nascimento que leciona em Bombinhas há quatro anos, foi dele a responsabilidade de explicar e demonstrar como utilizar o artefato. O professor Juliano quando criança passava suas férias de verão no litoral catarinense e ganhou uma tarrafa de seu pai, desde de então se tornou habilidoso na arte de tarrafear. “Importante demonstrar como é feito o trabalho de confecção, pois a maioria hoje é industrial, mas as manuais são as mais resistentes. O movimento de jogar a tarrafa tem sincretismo com o arremesso na educação física, a atividade correlaciona a disciplina e os alunos assimilam com mais facilidade”, destaca o professor Juliano.

A gestora da escola, Ivanilda Laurenço de Melo, fala que a intenção é cada vez mais trabalhar o conteúdo em atividades diferenciadas. “Por que estas ações envolvem o aluno e faz com que ele amplie seu conhecimento acerca da pesca, artefatos e história”, ressalta a gestora.

Já o professor convidado, Angelo, é pescador e confecciona tarrafas por encomenda e enxerga o artefato como artesanato. “É interessante fazer com que as crianças aprendam um artesanato diferente”.