BOMBINHAS COMEÇA A MINISTRAR A SEGUNDA DOSE DA VACINA CONTRA O HPV

A segunda dose da vacina contra o papilomavírus humano, para meninas de 9 a 11 anos, está disponível a partir desta segunda-feira, 28, na rede pública municipal. A nova etapa é necessária para garantir a imunização contra o HPV, vírus que pode causar câncer de colo do útero.

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. A vacinação, em conjunto com as ações para o diagnóstico precoce e as ações educativas, possibilita prevenir a doença. O papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto.

Uma das estratégias recomendadas pelo Ministério da Saúde para o alcance das metas é a vacinação em escolas da rede pública. Atualmente o câncer de colo de útero representa a terceira causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras e faz por ano, 5.264 vítimas fatais.

As meninas que já receberam a primeira dose da vacina no primeiro semestre deste ano nas cinco escolas do município, EBM Pequeno Príncipe, EBM Manoel José da Silva, EBM Manoel Eduardo Mafra, EBM Edith Willecke e EBM Dona Dilma Mafra devem se apresentar novamente para receber a segunda dose. Além disso, a vacina contra HPV continua disponível em todas as UBS do município, de segunda a sexta-feira no horário de 8h às 12h e de 13h às 17 horas, bastando apresentar o cartão de vacinação e documento de identificação da adolescente.

A vacina contra o HPV acontece em três doses, sendo que a segunda deve ser realizada após seis meses da primeira e a última, após 60 meses. Vale lembrar que a proteção contra a doença só é garantida com a aplicação das três doses da vacina.

Perguntas frequentes

• Como a vacina contra o HPV age no organismo?
Estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença desses anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período.

• Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa etária de 9 a 13 anos para a vacinação pelo SUS?
A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus. As meninas vacinadas sem contato prévio com HPV têm maiores chances de proteção contra lesões que podem provocar o câncer uterino.

• Meninas que já tiveram diagnóstico de HPV podem se vacinar?
Sim. Existem estudos com evidências promissoras de que a vacina previne a reinfecção ou a reativação da doença relacionada ao vírus nela contido.

• Há algum efeito colateral provocado pela vacina?
Essa é uma vacina muito segura, desenvolvida por engenharia genética, com a ocorrência de eventos adversos leves como dor no local da aplicação, inchaço e eritema. Em casos raros, pode ocasionar dor de cabeça, febre de 38°C ou mais.

• Qual a composição da vacina HPV?
A vacina recombinante é composta pelos tipos HPV 6, 11, 16 e 18, tendo como adjuvante o sulfato de hidroxifosfato de alumínio amorfo. Não contém conservante ou antibiótico.